Todos os dias eu fujo
e, ainda assim, estou aqui.
Queria voar pelos mares de impossibilidades que fantasio
e ter o teu colo para deitar
num estalar de dedos.
Mas, só tenho a mim.
Deveria bastar.
Mas, quando tento me abraçar
os meus braços se desintegram
e voltam a ser areia
carregada pelo vento.
(espero que, um dia, eu semeie pelo universo.)